Existem muitos tipos de células no corpo humano, e todas tem sua importância, mas o espermatozoide se comporta de maneira especial, se organizando, se movimentando e realizando, talvez, o processo mais interessante da vida humana que é a fertilização.
O espermatozoide é formado nos Túbulos Seminíferos, pequenos canais contidos nos Testículos, a partir de uma célula primária chamada espermatogônia. Ao contrário dos ovários, que tem um “estoque” de óvulos, o testículo “fabrica” os espermatozoides. Cada célula “fabrica” 16 espermatozoides. O tempo de formação de um espermatozoide é de cerca de 75 dias. A espermatogônia é uma célula redonda, grande e com núcleo volumoso. Durante sua transformação o núcleo é condensado, a célula se reduz e alguns órgãos se transformam no “motor” (mitocôndrias) e outros na cauda do espermatozoide.
O nome testículo vem de Testis ou pequenos testamentos. Três histórias são conhecidas para a origem desse nome. A primeira, conta que os gladiadores romanos faziam o juramento de fidelidade ao imperador, segurando um dos Testículos. A segunda diz respeito a uma passagem da Bíblia que também se refere a algum tipo de juramento. A terceira, diz respeito a eleição do Papa. Na idade média, uma Papisa teria foi eleita para o Papado, sem saberem que era mulher, e para evitar que o fato se repetisse os cardeais instituíram um método para saber se o escolhido era realmente um homem. Os candidatos se sentavam em uma cadeira especial com um buraco no assento, e os outros cardeais apalpavam os Testículos do pretendente confirmando sua masculinidade. Após a confirmação do eleito, era liberada a fumaça e a famosa frase “Habemus Papa” era dita aos populares.
Por sua vez os órgãos que ficam sobre os Testículos são chamados de Epidídimos, que pode ser traduzido como “sobre os gêmeos”, ou sobre os Testículos. Nos epidídimos o espermatozoide passa por seu “acabamento” e são levados pelo Vaso Deferente em direção da Próstata, que fica em volta do canal uretral logo em baixo da bexiga. Eles ficam na chamada Ampola, e são armazenados até o momento da ejaculação. Na ampola eles sobrevivem por 3 dias. No momento da ejaculação os líquidos produzidos pelas Vesículas Seminais (70%) e pela Próstata (30%), se juntam aos espermas e são eliminados na ejaculação. Uma ejaculação contém milhões de espermas, sendo considerados indivíduos férteis, aqueles que ejaculam mais de 15 milhões de espermas por mililitro. O líquido ejaculado contém uma substância chamada Espermina, cujo odor é similar ao da água sanitária (Cândida).
Nesse momento, se inicia a odisseia dos espermatozoides. Uma vez na Vagina os espermas migram imediatamente, para fora do líquido ejaculado, nadam por dentro do útero até as trompas, e iniciam um processo de preparação para a fecundação chamado de Capacitação Espermática. Nesse processo o espermatozoide quadruplica sua velocidade e seu consumo de oxigênio. Só para se ter uma ideia um homem pode correr por volta de 10 quilômetros por hora e se estivesse capacitado correria a 40 ou 50 km por hora. Ainda comparando o esperma com o homem, a velocidade média do esperma é de 25 micras por segundo, cerca de 5 vezes a sua altura, o que seria similar a um homem de 2 metros correr 10 metros por segundo, o que só ocorre em provas de 100 metros rasos e por alguns segundos.
O espermatozoide segue seu caminho Útero acima, em direção as trompas e se organiza como um exército. Alguns vão na frente, alguns morrem pelo caminho, alguns se alojam nas paredes do útero, como um pelotão de suporte, e os da frente se organizam em posição de “V” invertido, como os gansos voando. Essa tática de evolução em estilo militar, foi utilizada por Napoleão em suas batalhas nos campos da Europa.
Os espremas são atraídos a trompa, onde está o óvulo, pelo “olfato”, uma vez que seguem os sinais bioquímicos das substâncias liberadas pelo óvulo. A esse mecanismo se dá o nome de Quimiotaxia.
Dos milhares de espermas que são ejaculados, apenas 50 mil chegarão ao local onde está o óvulo. O tempo do percurso desde o colo do Útero até a trompa é de 4 minutos, e isso explica a falha no método anticoncepcional da Ducha Vaginal, pois o tempo até a mulher se levantar e realizar a ducha, é muito maior do que o tempo para o esperma chegar até a trompa.
Uma vez na trompa, o espermatozoide inicia o processo de fertilização propriamente dito. Nesse processo o esperma libera enzimas contidas em um pequeno “chapéu” chamado de Acrossoma. Estas enzimas vão abrir caminho para a passagem do esperma, pelas camadas de células externas ao óvulo. Quando chegam a “casca do óvulo, chamada de Zona Pelúcida, o espermatozoide força a entrada com os movimentos da cauda. Nem sempre o primeiro que chega é o que penetra, e aquele que consegue passar se aloja entre a casca (Zona Pelúcida) e o óvulo (Espaço Perivitelino). Nesse momento, os movimentos da cauda cessam e o óvulo “engole” o espermatozoide (Fagocitose). Depois de entrar o óvulo desencadeia uma série de reações físico químicas, que impedem a entrada de outro espermatozoide no mesmo óvulo.
Uma vez dentro do óvulo o espermatozoide perde sua cauda, pois se ele continuasse a se movimentar poderia causar danos ao óvulo. Seu núcleo por sua vez sofre alterações, se expandindo e formando o prónucleo masculino.
O prónucleo masculino contem metade do DNA e ao se juntar com o prónucleo feminino, que contém a outra metade do DNA, formam o pré-embrião.
O pré-embrião ainda tem uma célula só, e após começar a se dividir passa a se chamar embrião. Esse embrião se divide geometricamente, duplicando seu tamanho a cada 1 ou 2 dias. Enquanto se divide, ele é levado em direção ao Útero pelas trompas.
Uma vez no Útero, o embrião, já em estado de Blastocisto vai iniciar o processo de implantação, no qual escava e se insere na parede uterina dando início a gravidez.
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